segunda-feira, 11 de junho de 2007

E a vida se fez de louca



Conheci Darwin neste final de semana. Ao lado da Igreja do Pilar, pediu-me 40 centavos pra comprar um cigarro. Convidei-o pra duas cervejas no botequim mais próximo dali. Com o copo na mão e contrariando os determinismos da teoria da evolução, ensinou-me: “Um homem sem história não vale nada”. Despediu-se com um terno abraço.

Segui meu caminho e, assim que dobrei a primeira esquina da antiga Vila Rica, encontrei com o Sol. Tava ganhando a vida tocando didgeridoo (instrumento australiano que possui a mesma frequência sonora da terra, segundo ele) nos bares da cidade. Lembrou do nosso possível encontro no Clube Vassourinhas em Olinda e reclamou da melancolia ouropretana. Desejou-me luz e boas vibrações.

Ao chegar em casa, pensei nos novos amigos:
um homem sem história... que não espere que ela se construa pela evolução da espécime, nem que tenha a regularidade contente dos raios solares, conforme me testemunhou o próprio Astro-rei.
Um homem sem história... que a faça ou a invente, ora pois! Aliás, se se permitir, a vida até faz isso por ele.

3 comentários:

Anônimo disse...

Engracado...que sincronia! Hoje, ao entrar no meu departamento na universidade, me deparei com uma 'quote' que agora esqueco o autor, mas dizia (numa xula traducao): "Esses que me dizem para nao viver no passado, me fazem pensar que existe alguma coisa nele que eles querem esquecer".

Anônimo disse...

li isso hoje:
“Aquele que controla o passado”, dizia o slogan do Partido, “controla o futuro: quem controla o presente controla o passado.”
- George Orwell
mas não sei o que tudo isso tem a ver com o post...

Anônimo disse...

e eu que o diga!
...
besos