Escrevo do Sudeste do Brasil, região onde o flerte com o primeiro mundo é maior, apesar da localização geográfica mais distante e do crescimento da cultura web com seu esforço para colocar todos numa utópica igualdade informacional. É aqui onde circula o dinheiro no país, onde há mais trabalhos, onde fica a maior parte de nossas indústrias, inclusive a cultural. Lugar da (pós-)modernidade, onde tudo é hype, descolado e, com sorte, vip. Centro do interesse do Brasil, onde até consultora de etiqueta da região dá dicas para todo o resto do país, através da sua maior rede de televisão, de como se comportar nas mesas (e ela sabe comer sururu? chupar ostra, sabe?! e traçar um tacacá?).
Pois bem, é desse centro que vejo se manifestarem movimentos de mobilização para tirar o primeiro presidente de origem popular do país. Movimentos cheios de bravatas morais e que, se fizermos uma pequisa genealógica aguçada, são liderados por aqueles que instituíram a maior vergonha moral da nação que são as suas desigualdades regionais. E o pior, vejo esses movimentos serem divulgados por pessoas ligadas ao mundo artístico-cultural que, teoricamente, deveria ser o mais sensível as injustiças cometidas pelo espírito humano.
Não quero aqui retomar a peleja modernista Norte x Sul (já sugerida no resultado das últimas eleições presidenciais), mas tem algo estranho acontecendo no nosso "reino da Dinamarca"...
terça-feira, 7 de agosto de 2007
Algo estranho no nosso "Reino da Dinamarca"
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2 comentários:
Ok, você venceu. Batata-frita. Quer dizer, sururu.
bazito, algo estranho na dinamarca? E so la nao, meu nego...
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