"Toda vez que Alberto senta para escrever, não consegue desenvolver nenhuma idéia, acha tudo coisa passada, já escrita, sente-se como uma criança montando um quebra-cabeça montado e desmontado milhares de vezes. Alberto imagina todos os outros que já estiveram debruçados em sacadas, olhando para o céu, fumando, tomando decisões idiotas, sem perspectiva. Alberto é ingênuo o suficiente para pretender ser original e acreditar nisso. Escreve por orgulho. Além de talento, falta-lhe vergonha na cara - como tem pânico de morrer, acha que o que escreve pode sobreviver a si mesmo."
(trecho de Corpo presente, romance de João Paulo Cuenca)
domingo, 26 de agosto de 2007
Originalidade - notas dominicais XVI
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