segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Que oposição, hein?!

Já que a cachorrada está lançada, com a grande mídia nacional acunhando no governo federal ao menor factóide (já não basta um Ministério das Comunicações do PMDB?!), o Dr.E. repassa duas informações recebidas hoje pela manhã - e quase no mesmo instante! - que mostram não haver santo na atual conjuntura política nacional...

A primeira foi retirada do livro O Brasil é um sonho (que realizaremos)(FAPERJ – Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro), de César Benjamim. Eis os números que o bicho apresenta:
Das 3.315 concessões de emissoras de rádios e TVs no Brasil (até a data em que o livro foi escrito):
- 1.220 (37,5% do total) foram dadas a políticos do PFL, (atualmenteDemocratas ou DEM);
- 497 (17,5% do total), a políticos do PMDB;
- 414 (12,%%), a políticos do PPB;
- 215 (6,5%), a políticos do PSDB.

Juntos, esses imperadores da comunicação e do poder controlam 75% das emissoras, ou seja, quase tudo o que vemos e ouvimos.

A segunda, encaminhada pelo nosso gordinho, o músico Berna Vieira, uma matéria publicada no Conversa Afiada, o blog do jornalista Paulo Henrique Amorim:
Empresa americana vai assessorar tucanos na CPI da Petrobrás. Como é que é?

O negócio tá difici...

domingo, 30 de agosto de 2009

Lógica da invenção - notas domênicas

"Como você valora o trabalho de um programador, como você sabe que uma proposta criativa vale mais que outra? É muito complicado isso e há uma série de dificuldades para o capital trabalhar com a lógica do trabalho imaterial, mas a mais difícil de todas talvez é que ele não sofre com as restrições de outros bens, não tem escassez e nem desgaste no uso. A questão é eu multiplicar um software, uma música, o custo de eu multiplicar isso para mil ou milhões é similar. O custo marginal da cópia é zero, se resume ao custo do suporte ou do tempo de cópia. É uma outra realidade, isso muda completamente o cenário. Portanto, como ressalta o economista americano Steven Weber, o bem imaterial é chamado de não-rival, ou seja, se eu passo uma cópia desse software pra milhares de pessoas, todas podem usar ao mesmo tempo. Mas o bem imaterial não é só não-rival, é anti-rival, pois é melhor compartilhar porque quanto mais compartilho, mais ele cresce. É o contrário do pneu de carro que quanto mais uso, mais desgaste tenho. Se eu codifico informações e repasso pra centenas de pessoas, a possibilidade de ele melhorar é muito maior do que se ele ficar só comigo. Compartilhar na rede é mais eficiente do que guardar ou competir. Isso coloca em questão a idéia de eficiência na rede e a dificuldade do capitalismo industrial. A lógica da repetição já foi alterada para a lógica da invenção, vale mais ser capaz de inventar do que de reproduzir. Isso, em um ambiente de rede, com compartilhamento de bens imateriais, é mais eficiente do que o bloqueio. A pergunta é: isso vai alterar a lógica de reprodução do capital? Não sei a resposta, porque o capitalismo tanto pode incorporar isso quanto essa lógica pode arrebentar seu núcleo fundamental. É por isso que indústrias como as do copyright atuam de forma tão contundente mundo afora, porque acreditam que, com a força do Estado, vão conseguir inverter essa situação. Estamos vivendo um grande embate entre as forças que apostam no compartilhamento dos bens imateriais e aqueles que querem manter o processo de apropriação privada."
(trecho de uma entrevista de Ségio Amadeu para a Revista Fórum - para ler na íntegra, clique aqui!)

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

"A galega que oxigenou o mundo"

Pra dar uma trégua na aridez em que anda esse blog:



Segundo o cronista Xico Sá, a galega que oxigenou o mundo...
E bom final de semana a todos!

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Access to knowledge - sobre direito autoral

O Dr.E. em seu serviço de utilidade pública disponibiliza mais um bom endereço na rede, o a2k, site da Fundação Getúlio Vargas que trata do espinhoso tema do direito autoral (ficará disponível também na seção Estranhos rizomas). Conforme a própria página se define: "O A2K Brasil é um projeto do Centro de Tecnologia e Sociedade da FGV DIREITO RIO, que busca incentivar uma discussão democrática sobre propriedade intelectual, com destaque a acesso a conhecimento (A2K ou access to knowledge) e limitações e exceções aos direitos autorais, de modo a trazer um equilíbrio entre a proteção a direitos autorais e o acesso a conhecimento. O projeto visa a proteger as liberdades civis e conscientizar a população sobre seus direitos, através do equilíbrio entre o interesse privado e o interesse público.
Em parceria com o Ministério da Cultura, o projeto A2K tem como objetivo elaborar uma proposta para alteração da lei de direitos autorais a fim de implementar certas flexibilidades autorizadas por tratados e convenções internacionais. O objetivo é promover maior acesso a conhecimento, incluindo, mas não limitado a, material educacional, científico e de pesquisa."

Abusem...

domingo, 23 de agosto de 2009

"Mais fortes são os poderes do povo!" - notas domênicas

"Quando o governo 'facilita as coisas' para as grandes empresas em nome do povo, ou quando as multinacionais fantasiam seu interesse comercial em nome da cultura, cabe ao povo mostrar até que ponto está disposto a tolerar o poder incontrolável das grandes empresas. Quando outros meios democráticos são ineficazes, são as pessoas que têm o poder coletivo de resistir."
Uma derradeira da Chin-Tao Wu no seu Privatização da Cultura.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Mordeno e assoprano

Seguem duas dicas de leituras pro final de semana:
- Vozes da Democracia, contra-informação sobre o quarto poder brasileiro (capa ao lado);

- Enter, antologia de escritores brazucas que usam a web como suporte para seus textos - a seleta foi organizada pela Heloísa Buarque de Hollanda.

Tudo no precinho do ar que você respira, o custo de um clique. Aproveitem!

Ps.: ficou bonitapracarái a Eita! - volume 2, revista publicada pela Prefeitura da Cidade do Recife, que foi lançada ontem na velha Mauricéia. Ainda não está on-line (quem quiser o volume 1 em formato digital é só clicar aqui!), acha-se em bancas e livrarias da capital pernambucana.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Coelho copyleft!

Falem mau dele agora: Paulo Coelho declara apoio a documento que pede a liberação do compartilhamento!
Já fez mais pelo mundo do que boa parte da literatura brasileira publicada...

domingo, 16 de agosto de 2009

Diz, Artista! - notas domênicas

"Se renunciar à 'Arte' é difícil para alguns, é por que talvez ainda não se tenha entendido que a entrega à vida (ou à 'realidade', como alguns preferem chamar) não significa a nulificação do estético.
Muito pelo contrário, o 'artista' aqui é o pensador, o criador de estratégias de ação, o arquiteto de atos que vão reverberar - a intensidade desta reverberação é claro que dependerá dos meios, finalidade e impactos planejados - nesta mesma 'realidade'. Daí então a importância do conceito, desta mesma herança conceitual de que parte da arte brasileira é tão rica, e que tem sido esquecida faz tempo.
Ações pontuais e absolutamente despretensiosas, como a mudança do nome da avenida Roberto Marinho para avenida Vladimir Herzog, pelo Centro de Mídia Independente, em São Paulo, no ano passado, podem não passar por 'Arte' nos cânones vigentes, mas seu poder simbólico é tal que serve para inspirar mais táticas conceituais que desmantelem o arcabouço mental dominante.
Se a arte conceitual tradicional transformou em 'Arte' a rua e os elementos incompatíveis, temporários e cotidianos, atualmente o sentido não é transformar esses lugares e coisas em 'Arte', mas diluir-se 'com arte' neles, ressignificando-os, ressimbolizando-os, efetuando uma transformação subjetiva ou real, semiótica, mitopoética, social ou ritual."

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"Tentativas de trabalhar com comunidades desfavorecidas podem ter diversas nuances possíveis de abordagem, e nisso muito do que é chamado lá fora de 'community art' ou 'new genre public art' pode ter algo a informar. O risco de uma visão simplificada como 'trabalho de ONG' é algo que se corre, mas nada que uma estratégia conceitual bem arquitetada ou uma 'criatividade de artista' não possa solucionar."

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"Brasileiros costumam às vezes ser muito auto-centrados, muito voltados para si mesmos. Em que pese certa elite ser excessivamente internacionalizada ou eurocêntrica, como boa parte do meio acadêmico, grupos mais à margem costumam manter certa distância ou desconhecimento intencional das ações de grupos de fora."

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Trechos do artigo Notas sobre o coletivismo artístico no Brasil, de Ricardo Rosas. Para lê-lo na íntegra, basta clicar aqui!

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Blogosfera de luto

Hoje o blog Biscoito Fino e a Massa, do professor Idelber Avelar, encerrou suas atividades na rede. Uma pena, menos um espaço de contra-informação na web...
Pra compensar a falta, o Dr.E. disponibiliza a partir de hoje 3 novos endereços eletrônicos mais voltados para política que ficarão sempre a disposição na seção Estranhos rizomas desta bodega:
1) Revista Fórum, onde o próprio Idelber mantém uma coluna;
2) Agência Carta Maior, site velho conhecido por essas bandas;
3) Rede Brasil Atual, site que conta com o apoio de inúmeros órgãos e entidades, entre eles, o Dieese (Departamento Intersindical de Estudo e Estatísticas Socioeconômicas), Idec (Instituto de Defesa do Consumidor), Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), Oboré, Greenpeace, Instituto Socioambiental, Agência Carta Maior, Revista Caros Amigos e Observatório Social.

domingo, 9 de agosto de 2009

"Arte é sexy!" - notas domênicas

"Ser visto como patrono das artes é parte de um estilo de vida distinto exigido e sancionado no interior desse estrato 'sofisticado' da sociedade. O exercício da alta cultura tornou-se uma parte cada vez mais importante da atividade social: é principalmente nos eventos artísticos exclusivos que a elite empresarial e política se reúne e se reconhece. Não é surpresa que os nomes dos executivos estejam sempre associados ao patrocínio das artes nas reportagens da mídia. Sem meias palavras, há um grão de verdade no comentário cínico de Thomas Hoving: 'Arte é sexy! Arte é dinheiro-sexy! Arte é dinheiro-sexy-ascenção-social-fantástica!'"
Da taiwanesa Chin-Tao Wu (foto ao lado) em Privatização da Cultura.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Por uma nova mídia nacional

E para terminar essa semana dedicada a I Conferência Nacional de Comunicação, segue um ótimo texto sobre o tema do professor Emir Sader:

A crise da mídia e a democracia
Por Emir Sader

A inquestionável crise da mídia brasileira se choca com um processo de maior democratização da sociedade brasileira o que, por si só, deveria levar a pensar o caráter tanto da imprensa no Brasil, quanto da própria democracia entre nós.

O que está em crise é a forma de produzir notícias, a forma de construção da opinião pública. Seria grave se a dimensão da crise que afeta a mídia refletisse, nas mesmas dimensões, a democracia no Brasil. Ao ler alguns órgãos da imprensa, pode-se ter a impressão que a democracia retrocede e não avança entre nós, que estamos à beira de uma ditadura, ao invés de um processo – lento, mas claro – de democratização da sociedade brasileira.

Cada classe social toma sua decadência como a decadência de toda a sociedade, quando não de toda a humanidade. Neste caso, é uma casta que controlou a formação da opinião pública, de forma monopólica e que, com isso, se considerou depositária dos interesses do país. Derrubou a Getúlio, contribuiu decisivamente para o golpe militar de 1964 e para o apoio a este, uma parte dela tentou desconhecer a campanha pelas eleições diretas, tentou impedir a vitória de Brizola nas primeiras eleições diretas para governador do Rio de Janeiro, apoiou a Collor, esteve a favor de FHC, a ponto de desconhecer a evidente corrupção presente nos escândalos processos de privatização, na compra de votos para a reeleição, entre tantos outros casos. Agora, se coloca, em bloco, contra o governo Lula, o de maior popularidade na história do Brasil, chocando-se assim flagrantemente com a opinião do povo brasileiro.

A mídia tradicional está em crise, a democracia brasileira, não. Porque se amplia significativamente o circulo de produção de opinião, de difusão de noticias, se democratiza a informação e os que são afetados pelo enfraquecimento do seu monopólio oligárquico – em que umas poucas famílias controlavam a mídia – esbravejam. Tentam impedir a realização da Conferência Nacional de Comunicação, convocada para novembro, porque detestam que se debata o tema da democracia e a mídia.

A crise do poder legislativo é parte do velho poder oligárquico, que sobreviveu na passagem da ditadura à democracia, que se vale do fisiologismo para vender seu apoio aos governos de turno. Não por acaso os mesmos personagens envolvidos nas acusações atuais no Congresso apoiariam ao governo FHC e, com o beneplácito da mídia, foram poupados das acusações agora dirigidas contra eles, na tentativa de enfraquecer a base de apoio parlamentar do governo. Enquanto o Brasil se torna mais democrático, com a promoção social de dezenas de milhões de famílias, a estrutura parlamentar reflete o velho mundo oligárquico, similar ao da propriedade da mídia privada.

No momento em que o Brasil precisa de uma nova mídia, uma nova forma de difundir notícias, de promover o debate econômico, político, cultural, a velha mídia resiste em morrer, em dar lugar à democratização que o Brasil precisa. Sabem que a continuidade do governo atual e o aprofundamento dos processos de saída do modelo herdado do governo FHC sepultarão toda uma geração de políticos opositores – derrotados pelas urnas e/ou pela senilidade. Daí seu desespero na luta contra o governo – que conta com 6% de rejeição a Lula, contra 80% de apoio.

A crise da mídia é outro reflexo do velho mundo que desmorona, para dar lugar à construção de um Brasil para todos e não para as elites minoritárias que historicamente o dirigiram.

(texto retirado do site Carta Maior)

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Libres! (em cima da hora!)

Começa hoje pela manhã na Torre Malakoff no Recife o Libres, evento multimídia de arte e tecnologia que contará com a participação de artistas e desenvolvedores nacionais e internacionais. Na função serão realizados debates, desconferências, oficinas e performances. Para mais infos é só clicar no nome do evento escrito acima ou na imagem ao lado. Apareçam que vale a pena!

Ainda I Confecom: primeiro relato da reunião Governo/empresários

Os ministros Hélio Costa e Franklin Martins, em entrevista coletiva no Ministério das Comunicações, hoje à tarde (05/08), confirmaram a realização da Confecom conforme decreto do presidente Lula, para os dias 1º, 2 e 3 de dezembro. O José Torves, representando o FNDC e a Fenaj, participou da coletiva e traz o seguinte relato:

- o governo reapresentou, em reunião anterior à coletiva, na tarde desta quarta-feira, com os empresários das comunicações, a proposta de participação para as votações dentro da comissão organizadora da conferência na proporção 40/40/20 – sendo empresários, movimentos sociais e governo, respectivamente.

Os empresários estudarão a proposta e responderão na próxima reunião agendada no Minicom, na próxima quinta-feira, dia 13;

- o governo chamará reunião com os movimentos sociais antes do dia 13;

- o governo reafirmou que fará todo o esforço para que os empresários participem da Confecom, que tem realização garantida.

- o governo fará todo o esforço para garantir a verba integral (R$ 8 milhões) para a realização da Confecom – Hélio Costa disse que considera ser esse um problema secundário, “o importante é superar o impasse político” criado com empresários e movimentos sociais.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Dulci: Conferência de Comunicação acontece mesmo sem setor empresarial

Leia abaixo entrevista produzida por Lúcia Rodrigues, da revista Caros Amigos:

O ministro chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Luiz Dulci, afirmou ontem em São Paulo, que a 1ª Conferência Nacional de Comunicação será realizada na data prevista, de 01 a 03 de dezembro, mesmo que o setor empresarial se retire das discussões. Para ele, a Conferência não perde legitimidade por não ter em seu fórum os empresários. Apenas a abrangência será mais restrita.
O ministro conversou com a reportagem de Caros Amigos durante o seminário internacional que discutiu a crise e as estratégias sindicais, promovido pela CUT (Central Única dos Trabalhadores), em que participou na qualidade de conferencista. O evento antecedeu a abertura oficial do 10º congresso da entidade, que está marcada para ocorrer hoje, 04, a partir das 19h30, no Expo Center Norte, na capital paulista.
Além da Conferência de Comunicação, o ministro também falou a Caros Amigos sobre a redução da taxa de juros e do spread (diferença entre os juros que são cobrados pelo banco ao tomador do empréstimo e o valor que é pago ao emprestador dos recursos ao banco) bancário e sobre reforma tributária.
Confira a seguir os principais trechos da entrevista com Luiz Dulci.
Caros Amigos – O senhor acredita que a Conferência de Comunicação vai ocorrer na data prevista?
Luiz Dulci – Vai. Não há nenhuma possibilidade de não ocorrer a Conferência de Comunicação, da mesma forma que a de Educação. Todas as conferências vão ocorrer.
Caros Amigos – Na data definida?
Luiz Dulci – Na data definida. O esforço é para que o empresariado também participe. Os movimentos populares sabem que a participação do empresariado é importante. A conferência ocorrerá do mesmo jeito, se os empresários se afastarem. Mas será diferente.
Caros Amigos – O senhor considera que perde a legitimidade?
Luiz Dulci – Não. Não perde a legitimidade, mas perde a abrangência. É muito importante esse debate e essa reflexão conjunta, com um setor que está passando por uma tremenda transformação, no universo da digitalização.
Por isso, é importante que ocorra uma discussão conjunta, porque depois vamos ter de aprovar novas leis no Congresso Nacional. Se o setor empresarial se afastar, a Conferência será feita com quem quiser, mas acho que isso não é bom nem para a Conferência, nem para o próprio setor empresarial.
Caros Amigos – O senhor acredita que os empresários se retiram do fórum?
Luiz Dulci – Espero que permaneçam.

E a reunião ficou p/ hoje... (ainda I Confecom)

Ministros e empresários se reunirão para debater realização da Confecom (29/07/2009)
Redação Portal Imprensa
O ministro das Comunicações Hélio Costa realizará, no próximo dia cinco de agosto, reunião com setores do empresariado para debater a realização da Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), prevista para dezembro deste ano. Além do chefe da pasta das Comunicações, estão confirmadas as presenças do ministro Franklin Martins, da Secretaria de Comunicação e Luis Dulci, da Secretaria Geral.
Um dos principais objetivos do encontro será debater os entraves à realização da Conferência. Segundo Costa, as associações participantes da Confecom devem sugerir as pautas imprescindíveis de discussão nas reuniões com o Ministério.
Na avaliação de Costa, o maior impasse para a organização da Conferência está na falta de recursos. O ministro deve se encontrar com o presidente Lula, ainda esta semana, para debater o tema. Costa ainda descarta possível boicote de setores empresariais ao evento de dezembro.


(Se ligaí, é bom ficarmos de olho...)

Para se inteirar sobre a I Conferência Nacional de Comunicação

Dando sequência aos posts sobre a I Conferência Nacional de Comunicação, hoje publicarei uma série de matérias sobre o evento. A presente data é importante pois está prevista uma reunião entre as associações representativas do empresariado de telecomunicações e comunicações com os três ministros diretamente envolvidos na organização da Conferência: Hélio Costa (Ministro das Comunicações), Franklin Marins (secretaria de comunicação) e Luis Dulci (secretaria geral).

Com boicote empresarial, reunião da Comissão Organizadora da Confecom é adiada (28/07/2009)
Redação FENAJ - Federação Nacional dos Jornalistas

Prevista para esta terça-feira (28/7), novamente a reunião da Comissão Organizadora da Conferência Nacional de Comunicação (Confecom) não foi realizada e teve de ser adiada. Na reunião realizada na quarta-feira passada (22), os representantes dos empresários não compareceram. Os segmentos empresariais entregaram uma carta com propostas ao ministro das Comunicações, Hélio Costa. Circulam informações de que os empresários pretendem boicotar o processo da Conferência por considerá-la nociva aos seus interesses.
José Carlos Torves, um dos representantes da FENAJ na Comissão Organizadora Nacional, conta que a reunião agendada para esta terça feita foi simplesmente suspensa. “Ligamos para o Ministério das Comunicações e nos informaram que a reunião estava suspensa por falta de agenda”, conta. Torves acredita que o adiamento se deve a novas tentativas que o governo deve estar fazendo para que os empresários não se afastem do processo.
Segundo informações extra-oficiais, a pauta de reivindicações subscrita por representantes das entidades empresariais de radiodifusão, telecomunicações, mídias impressas, internet e TV por assinatura (Abert, Abra, Abranet, Abrafix, Telebrasil, ABTA, ANJ e Aner) inclui quórum qualificado para eleição de delegados do setor e a definição da pauta da Conferência voltada para temas futuros. Tais segmentos recusam-se a discutir a revisão do marco regulatório e política de concessões, preferindo debater questões principalmente ligadas às novas tecnologias, como internet e TV Digital, e seus impactos no mercado de comunicação brasileiro.
Com o impasse provocado pelo boicote empresarial, prossegue a expectativa quanto à definição do Regimento Interno da Confecom. Tal definição é fundamental para que o processo deslanche em suas etapas estaduais e municipais. O calendário aprovado anteriormente pela Comissão Organizadora Nacional teve uma alteração na reunião do dia 22, com a possibilidade da realização de Conferências Municipais até 11 de setembro. O prazo para as Conferências Estaduais vai até 31 de outubro, entrega dos relatórios estaduais e confecção dos cadernos da 1ª Confecom até 1º de dezembro, a realização da etapa nacional de 1º a 3 de dezembro, em Brasília, e publicação dos relatórios e resultados da 1ª Confecom em fevereiro de 2010.
Mobilização
Independentemente das definições oficiais, várias iniciativas pró-Confecom estão programadas. A Prefeitura de Fortaleza promove, de 31 de julho a 2 de agosto, o Seminário de Formação para a 1ª Conferência Municipal de Comunicação. O evento contará com a participação de diversos palestrantes de expressão nacional e pretende qualificar técnica e conceitualmente militantes e ativistas para contribuírem com o fortalecimento da Comissão Estadual Pró-Conferência de Comunicação. As inscrições podem ser realizadas por intermédio do Portal da Prefeitura de Fortaleza: www.fortaleza.ce.gov.br.
Em São Paulo, a Comissão Pró-Conferência de Comunicação realiza no dia 1º de agosto uma Pré-Conferência como parte do processo de mobilização e construção de sua etapa estadual. O encontro será no Sindicato dos Engenheiros de São Paulo (Rua Genebra, n° 25, Centro, São Paulo), a partir das 9 horas.
Em Santa Catarina, um ato público pró-Conferência será realizado no Plenarinho da Assembleia Legislativa (Rua Jorge Luz Fontes, nº 310), em Florianópolis. Foram convidados para o evento parlamentares das bancadas estaduais e federais. O objetivo, além de aprofundar o debate sobre as políticas públicas de comunicação, é acelerar o processo de convocação da Conferência Estadual.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Sobre a I Conferência Nacional de Comunicação

Em um post da semana passada, prometi comentar mais sobre a I Conferência Nacional de Comunicação, evento que está previsto para o começo de dezembro deste ano. Pois bem, passo agora algumas informações básica sobre a conferência, através de um mix que fiz de textos retirados do Blog do Sérgio Amadeu e do próprio site da Comissão Nacional Pró-Conferência de Comunicação (quem se dispuser a mais informações, acione-os!), e também de um vídeo informativo disponibilizado no Youtube. Segue:

Durante o Fórum Social Mundial realizado no final de janeiro, em Belém, o presidente Lula defendeu a idéia de uma Conferência Nacional de Comunicação. Reivindicação que surgiu em 2007, a Conferência é defendida pelas Comissões de Direitos Humanos e Minorias e de Ciência e Tecnologia, bem como, por diversas entidades da sociedade civil.

A nota oficial da Comissão Pró-Conferência Nacional de Comunicação defende que seus objetivos sejam os seguintes:

1. Identificar os principais desafios relativos ao setor da comunicação no Brasil.
2. Fazer um balanço das ações do poder público na área.
3. Propor diretrizes para as políticas públicas de comunicação.
4. Apontar prioridades de ações governamentais dentro destas diretrizes.

De acordo com o Decreto Presidencial publicado no dia 16 de abril de 2009, a I Conferência Nacional de Comunicação terá como tema “Comunicação: meios para a construção de direitos e de cidadania na era digital” e será realizada nos dias 01, 02 e 03 de dezembro de 2009.

Ela será presidida pelo Ministério das Comunicações e contará com a colaboração direta da Secretaria Geral da Presidência e da Secretaria de Comunicação Social. Na Portaria 185, de 20 de abril de 2009, foram instituídos os órgãos do poder público e as instituições da sociedade civil que compõem a Comissão Organizadora, responsável por regular todos os aspectos da Conferência. Ela é composta por oito representantes do Executivo Federal, dezesseis representantes da sociedade civil, divididos entre entidades do movimento social (7) , organizações do setor privado-comercial (8) e mídia pública (1). Os trabalhos serão encaminhados por meio de três comissões internas: 1) Comissão de Logística; 2) Comissão de Metodologia e Sistematização; e 3) Comissão de Divulgação.


A hora é agora e vamo que vamo...

Pregão da Aurora

"Sorte no jogo,
Azar no amor!"
Gritou um, margem do Capibaribe, em sua verve proverbial, clichê adequadíssimo para o instante.
E na velha Mauristad, não tardou a surgir o primeiro mascate:
"Troco um pelo outro, quem vai?"

(retirado de diálogo na casa de Serginho Barbosa, o "reino da alegria")