Foi relançado recentemente aqui no patropi Comunidades imaginadas (foto), obra do professor sino-inglês da Universidade de Cornell Benedict Anderson. Um clássico dos estudos sobre nacionalismo e identidade que, nesta nova edição brasileira, ganhou uma apresentação luxuosa da antropóloga Lilia Moritz Scwarcz. Este talvez tenha sido o livro que mais citei em minha vida acadêmica sem nunca ter lido. No momento, reparo minha enganação e já na introdução do danado encontro a seguinte passagem:
"ela (a nação) é imaginada como uma comunidade porque, independentemente, da desigualdade e da exploração efetivas que possam existir dentro dela, a nação sempre é concebida como uma profunda camaradagem horizontal. No fundo, foi essa fraternidade que tornou possível, nestes dois últimos séculos, tantos milhões de pessoas tenham-se não tanto a matar, mas sobretudo a morrer por essas criações imaginárias limitadas."
Por acaso, alguém lembrou de Canudos, Caldeirão ou de qualquer outro movimento de resistência à centralizadora e patética formação do nosso Estado nacional? As nações são quase como obras de ficção, mas quaisquer semelhanças não são meras coincidências...
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
Desmascarando as nações
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Um comentário:
ai mané
meu pai é sinistro...!
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