terça-feira, 26 de maio de 2009

Manual do escritor

Nunca entendi essa coisa de compulsão a escrita. Sempre me soou como achaque literário e presunçoso - perdoem-me pela redundância. E mesmo sendo até um pouco jeitoso com as palavras, não concebo a obrigação de escrever. Desidealizei continuamente o escritor que poderia ter sido, no que sou grato a mim mesmo. Poucas coisas que li me valeram mais que dois vasilhames de cervejas. Pouquíssimas mais do que um dedo de prosa com o amigo marinheiro.
Ademais, pra que tantos livros no mercado editorial, se na vida terminamos por carregar no juízo e miocárdio somente duas obras entre todas que lemos?! Haja retórica e papel. Eu é que não contribuirei com a derrubada de árvores!, apesar de concordar com um outro capanga, para quem a escrita de hoje só vale a pena como ressaca moral... (o que leva esta mesma alma a concluir que o melhor da literatura continua sendo encontrada apenas nos versos de putaria e da fuleiragem anônima)

4 comentários:

Josias de Paula Jr. disse...

Que tacada na literatura, Doutor? Mas, você não anda bem próximo dela?!

dr.e. disse...

nunca pude gostar de arte, geó, só dos amigos... daí o contentamento com a sua visita por aqui... ; )

Vanessa disse...

Já eu sou diferente...
Descarrego os dedos no computador por uma simples razão: necessidade.
Escrevo pra quase tudo; porque concebi isso como um paliativo para o desespero.
O resultado é um vômito sem qualquer tipo de propósito. Somente disparates.
Mas ainda assim, muito do que sai fica guardadíssimo.

Vanessa disse...

Ah,
Eu preferia aquele outro layout!

Mas gosto é que nem cú, portanto...

=)
Até mais, DoKtor