1) Aqueles que se encontram hoje no Recife terão uma ótima oportunidade para conhecer os filmes do cineasta Lírio Ferreira. Tudo no cinema do Teatro do Parque. Eis o serviço:
- 14hs os curta-metragens O crime da imagem (BRA, 1992) e That’s a lero lero (BRA, 1994), além do longa Baile perfumado (BRA, 1997);
- 16:20hs Árido movie (BRA, longa, 2004);
- 18:30hs Cartola: música para os olhos (BRA, longa, 2006).
Após o último filme haverá um debate com a presença do próprio Lírio, mediada pelo jornalista e cineasta Amin Stepple. E o precinho: R$ 0,00. Nem nas Casas José Araújo...
2) Notinha que saiu hoje na coluna "Dia a Dia" do Jornal do Commércio da capital pernambucana:
Eddie para todos
A 1ª tiragem do Carnaval no inferno, novo CD da Eddie, esgotou-se em tempo recorde: foram 2,5 mil CDs vendidos em 2 semanas. Só a Cultura vendeu em média 25 discos/dia e acabou com seu estoque. Outros 4,2 mil CDs virtuais foram baixados no www.sombarato.org. A 2ª tiragem chega antes do Carnaval. Será disputada aos tapas.
3) Se o responsável desta bodega eletrônica sumir, não se inquietem. Ele não morreu. Apenas anda as voltas com os serviços... (escrevo a apresentação de um livro e um texto para um blog sobre futebol. Divulgo aqui quando tiverem prontos)
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
Praia, cinema e futebol (notas de meio de semana)
domingo, 25 de janeiro de 2009
Aos criadores - notas dominicais
“Penso que antes da ação não se deve nunca, em nenhum caso, temer uma anexação por parte do poder e de sua cultura. É preciso comportar-se como se essa perigosa eventualidade não existisse... Mas penso também que depois, é preciso saber perceber até que ponto se foi utilizado, eventualmente, pelo poder. E então, se nossa sinceridade ou nossa necessidade foram servilizadas ou manipuladas, penso que é absolutamente preciso ter a coragem de abjurar.”
(Pier Paolo Pasolini)
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
Preparem-se! Pois “todas as cidades já estão em chamas”, incendiadas pelo Carnaval no inferno. Novo trabalho da Eddie, o disco (CD/SMD) é uma síntese de tudo que a banda olindense viveu nestes quase 20 anos de existência - “Longa vida ao groove!”, o grito do segundo manifesto mangue, publicado no fatídico ano de 1997, continua levado a sério... Após três CDs gravados com praticamente a mesma formação, no Carnaval no inferno a Eddie encaixa de forma ainda mais precisa seu balanço particularíssimo, confirmando sua sonoridade própria e liberdade autoral. O disco é um verdadeiro acerto de marcha da banda, que “requinta” com toda experiência sua musicalidade de acabamento “garageiro”, inspirada pelo entusiasmo das festas populares de rua.
Desta vez, as composições revelam uma vibe menos extrovertida da Eddie, como mostram as faixas “Quase não sobra” (uma parceria de Fábio Trummer com Junio Barreto), “Gafieira no avenida” (música de Jorge du Peixe e Lúcio Maia que integra a trilha sonora do filme Amarelo Manga) e “Nada de novo” (uma homenagem de Fábio Trummer a Rafa, flautista da banda Mombojó, falecido em 2007). No entanto, suas conhecidas levadas festeiras também marcam presença em frevos infernais como “Bairro Novo/Casa Caiada” (Fábio Trummer), por exemplo, na cadência sambista da pérola “Me diga o que não foi legal” (Fábio Trummer) e na gafieira “O baile (Betinha)” (Erasto Vasconcelos), um clássico dos salões das noites pernambucanas.
Carnaval no inferno foi inteiramente gravado com recursos próprios, nas cidades de São Paulo e Recife (nos estúdios Novo Mundo e YB – SP; Muzak e Batuka – PE). É o registro de uma comunhão com parceiros-produtores de toda vida: Buguinha (produtor musical com quem a Eddie gravou algumas demos no inicio da década de 90), Berna Vieira (outro produtor que já tocou bateria na banda) e Karina Buhr (cantora e compositora, também ex-integrante e que faz voz e backing neste trabalho). Contou com a participação dos músicos Curumim (bateria), João do Cello (violoncelo), Nilsinho (trombone/Spok Frevo Orquestra), Mestre Nico (trombone/Junio Barreto), Da Lua (percussão/Nação Zumbi) e do percussionista e compositor Erasto Vasconcelos (voz), velho companheiro de outros carnavais.
Com este novo trabalho, a Eddie segue firme a sua estrada, criando grooves, reinventando ritmos, fundindo universos e entortando as convenções na música urbana brasileira. Como diriam seus conterrâneos, na mais fina expressão roots, Original Olinda Style: totalmente excelente!!!
Dr. E.
(release)
Para baixar:
No 4Shared ou no Torrent, Som Barato.
Agenda da banda em janeiro:
21 jan 2009 12:00 Uk Pub Recife, Pernambuco
24 jan 2009 10:00 Varadouro - Olinda, Pernambuco
28 jan 2009 12:00 Uk Pub Recife, Pernambuco
Sônicas de verão
Minha estadia no Recife chegou aos 40 dias. Pois bem, nesse tempo, nos passeios entre Olinda e Brasília Teimosa, eis a trilha sonora que escuto nas ruas:
1 - Mistura do Calypso - Pensou que eu ia chorar por você
2 - o disco-gravação ao vivo de João do Morro, nova cria de Casa Amarela
3 - e, com a classe média golden plus, Carnaval no Inferno, novo e ótimo disco da banda Eddie (para baixá-lo clique aqui ou aculá - em formato Torrent -, no digníssimo Som Barato). Passo o release da pérola que mesmo fiz no post da sequência...
Abram as oiças...
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
Cartola e os guardiões da cultura nacional
Acabei de saber da publicação de uma entrevista que fiz (faz é tempo!) com o roteirista e diretor Hilton Lacerda. Ela tá no último número (jan/09) da REPOM (Revista de Estudos Poético-Musicais), periódico da Universidade Federal de Santa Catarina. O acesso? É só clicar aqui!
Occupation 101
Este é o título do filme que assisti este final de semana e que ajuda a entender o imbróglio entre israelenses e palestinos. Ele tá aqui embaixo (e nem precisa baixar, é em streaming!). Bom filme.
domingo, 18 de janeiro de 2009
Aos poetas - notas dominicais
"Que a linguagem poética seja, como com justeza quer o grande Euríalo Canabrava, uma espécie de idioma próprio do poeta, nada de mais desejável. Mas, não esquecendo os poetas também, como lhes adverte T. S. Eliot, de quem devem saber comunicar aos outros a sua poesia e não sobrecarregá-la de tal obscuridade que se torne incompreensível. A dificuldade da questão da linguagem poética reside precisamente nisso: ser linguagem do poeta e ser comunicável."
(Jorge de Lima, Obra Completa)
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
Ecocardiograma
Hoje assisti meu coração num monitor. Que espetáculo! Um tanto complexo, é verdade. Nada entendi. Resta-me o diagnóstico.
domingo, 11 de janeiro de 2009
Sapientia- notas domênicas
"Sapientia: nenhum poder, um pouco de saber, um pouco de sabedoria, e o máximo de sabor possível."
(Roland Barthes em Aula)
sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
Ainda em Gaza...
Jornalista inglês denuncia mentiras de Israel
Em artigo publicado no jornal The Independent, o jornalista inglês radicado no Líbano, Robert Fisk (foto ao lado), denuncia as mentiras contadas pelo governo de Israel para tentar justificar as atrocidades cometidas em Gaza (e atrocidades anteriores também). A Organização das Nações Unidas também rebateu a versão israelense, segundo a qual as escolas bombardeadas estariam abrigando militantes do Hamas. Sobre esse tema, Fisk, que é considerado um dos maiores especialistas hoje em Oriente Médio, escreve:
“O que surpreende é que tantos líderes ocidentais, tantos presidentes e primeiros-ministros e, temo, tantos editores e jornalistas tenham acreditado na mesma velha mentira: que os israelenses algum dia tenham se preocupado em poupar civis. Todos os presidentes e primeiros-ministros que repetiram a mesma mentira, como pretexto para não impor o cessar-fogo, têm as mãos sujas do sangue da carnificina de ontem. O que aconteceu não foi apenas vergonhoso. O que aconteceu foi uma desgraça. ‘Atrocidade’ é pouco para descrever o que aconteceu. Falaríamos de ‘atrocidade” se o que Israel fez aos palestinos tivesse sido feito pelo Hamas. Israel fez muito pior. Temos de falar de ‘crime de guerra’, de matança, de assassinato em massa”.
A lógica de justificativas de Israel não é nova, acrescenta o jornalista:
“Reportei as desculpas que o exército de Israel tem oferecido ao mundo, já várias vezes, depois de cada chacina. Dado que provavelmente serão requentadas nas próximas horas, adianto algumas delas: que os palestinos mataram refugiados palestinos; que os palestinos desenterram cadáveres para pô-los nas ruínas e serem fotografados; que a culpa é dos palestinos, por terem apoiado um grupo terrorista; ou porque os palestinos usam refugiados inocentes como escudos humanos.
O massacre de Sabra e Chatila foi cometido pela Falange Libanesa aliada à direita israelense; os soldados israelenses assistiram a tudo por 48 horas, sem nada fazer para deter o morticínio; são conclusões de uma comissão de inquérito de Israel. Quando o exército de Israel foi responsabilizado, o governo de Menchaem Begin acusou o mundo de preconceito contra Israel. Depois que o exército de Israel atacou com mísseis a base da ONU em Qana, em 1996, os israelenses disseram que a base servia de esconderijo para o Hezbollah. Mentira.
Israel insinuou que os corpos das crianças assassinadas num segundo massacre em Qana teriam sido desenterrados e expostos para fotografias. Mentira. Sobre o massacre de Marwahin, nenhuma explicação. As pessoas receberam ordens, de um grupo de soldados israelenses, para evacuar as casas. Obedeceram. Em seguida, foram assassinadas por matadores israelenses. Os refugiados reuniram os filhos e puseram-se à volta dos caminhões nos quais viajavam, para que os pilotos dos helicópteros vissem quem eram, que estavam desarmados. O helicóptero varreu-os a tiros, de curta distância. Houve dois sobreviventes, que se salvaram porque fingiram estar mortos. Israel não tentou nenhuma explicação.
12 anos depois, outro helicóptero israelense atacou uma ambulância que conduzia civis de uma vila próxima – outra vez, soldados israelenses ordenaram que saíssem da ambulância – e assassinaram três crianças e duas mulheres, Israel alegou que a ambulância conduzia um ferido do Hezbollah. Mentira.
Fisk relata ainda que cobriu, como jornalista, todas essas atrocidades e investigou-as uma a uma, entrevistando sobreviventes:
"Muitos jornalistas sabem o que eu sei. Nosso destino foi, é claro, o mais grave dos estigmas: fomos acusados de anti-semitismo. Por tudo isso, escrevo aqui, sem medo de errar: agora recomeçarão as mais escandalosas mentiras.”
Uma outra mentira denunciada por Fisk é a de que o cessar-fogo em Gaza teria sido rompido pelo Hamas: "O cessar-fogo foi rompido por Israel, primeiro dia 4/11; quando bombardeou e matou seis palestinenses em Gaza e, depois, outra vez, dia 17/11, quando outra vez bombardeou e matou mais quatro palestinos", escreve.
(Trechos do artigo traduzidos por Caia Fitipaldi/Texto retirado do site Agência Carta Maior)
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
Solidariedade e informações sobre Gaza
“Antes que todo mundo da Faixa de Gaza esteja morto, entenda que o Hamas é um sintoma e não uma causa. A ocupação é a causa. (...)"
Declaração do jovem Rafah Kid, autor do blog RafahKid ft. Rafah Pundits. .
O Dr. E. se solidariza com as vítimas da região e passa a dica para informações acerca do massacre: o blog Escrevinhamentos - tem um monte de links lá para relatos de civis locais que conseguem escrever fora do controle do Estado de Israel.
É foda viver num mundo em que alguns dividem os cidadãos em categorias. Como se não fôssemos nem pudéssemos ser, todos, sem exceção, série "A" da existência...