"Os discursos da arte contemporânea se afinam cada vez mais com o discurso das grandes corporações globalizadas, que promovem a mobilidade, a interconectividade, a ausência de fronteiras e a produção imaterial como os valores que definem a noss época. Os artistas reproduzem e reforçam assim o espírito da globalização neoliberal, cujos principais efeitos têm sido a mercantilização das relações humanas, a ausência de alternativas políticas e a desvalorização do trabalho. Conformados com a impossibilidade pós-moderna de qualquer projeto transformador (como foi o Modernismo), os artistas alimentam a alienação do público e se tornam eles próprios sujeitos alienados, incapazes de refletir criticamente sobre o sistema em que estão inseridos. O mercado reduz a obra de arte e o artista a valores de troca."
(trecho de A grande feira, livro de Luciano Trigo)
domingo, 6 de junho de 2010
Artista como valor de troca - notas domênicas
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