terça-feira, 29 de julho de 2008

Strange Holidays

Província de Piratininga, final de tarde. Pode parecer absurdo, mas me dou férias em São Paulo. Fériazinhas também, uma semana. Só pra tomar ar pro novo semestre. Pois o primeiro já se foi, cheio de frustrações e um tantinho de alegria que ninguém é tão idiota assim (e salve, salve, meu rubro-negro da ilha do retiro, campeoníssimo da Copa do Brasil!). Que vá com Deus, é o caso de dizer. Dias melhores sempre virão, dou o loop no mantra auto-ajuda. E vamo simbora que a vida só termina quando acaba. Merça*, j'arrive!!!
ps.: Daqui sigo pra conhecer Paraty, a nova cidade mais culta do planeta. Esquema inteiramente off-Flip. Nem livro trouxe, gracias... Escrevo quando puder. Saudações, Dr. E.
* E justamente hoje, a Mercearia São Pedro, reduto das aima na Vila Madalena, completa 40 anos de existência. Pra comemorar a ocasião, será reeditada, conto a conto, a inimitável e inigualável "Antologia Bêbada -fábulas da Mercearia". A função já começou desde as 15:00hs. Tô umas cinco cervas atrasado e indo agora agora!

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Voleio

Ela veio difícil de dominar. Ainda assim, matei-a na coxa e sem deixá-la cair, emendei de voleio. Saco! Tá lá, fundo do barbante.
Antes tivesse a mesma habilidade com a vida.

domingo, 27 de julho de 2008

Eclesiastes II - notas dominicais


Disse eu no meu coração: Ora vem, eu te provarei com alegria; portanto goza o prazer; mas eis que também isso era vaidade.
Ao riso disse: Está doido; e da alegria: De que serve esta?
Busquei no meu coração como estimular com vinho a minha carne (regendo porém o meu coração com sabedoria), e entregar-me à loucura, até ver o que seria melhor que os filhos dos homens fizessem debaixo do céu durante o número dos dias de sua vida.
Fiz para mim obras magníficas; edifiquei para mim casas; plantei para mim vinhas.
Fiz para mim hortas e jardins, e plantei neles árvores de toda a espécie de fruto.
Fiz para mim tanques de águas, para regar com eles o bosque em que reverdeciam as árvores.
Adquiri servos e servas, e tive servos nascidos em casa; também tive grandes possessões de gados e ovelhas, mais do que todos os que houve antes de mim em Jerusalém.
E fui engrandecido, e aumentei mais do que todos os que houve antes de mim em Jerusalém; perseverou também comigo a minha sabedoria.
E tudo quanto desejaram os meus olhos não lhes neguei, nem privei o meu coração de alegria alguma; mas o meu coração se alegrou por todo o meu trabalho, e esta foi a minha porção de todo o meu trabalho.
E olhei eu para todas as obras que fizeram as minhas mãos, como também para o trabalho que eu, trabalhando, tinha feito, e eis que tudo era vaidade e aflição de espírito, e que proveito nenhum havia debaixo do sol.
Então passei a contemplar a sabedoria, e a loucura e a estultícia. Pois que fará o homem que seguir ao rei? O mesmo que outros já fizeram.
Então vi eu que a sabedoria é mais excelente do que a estultícia, quanto a luz é mais excelente do que as trevas.
Os olhos do homem sábio estão na sua cabeça, mas o louco anda em trevas; então também entendi eu que o mesmo lhes sucede a ambos.
Assim eu disse no meu coração: Como acontece ao tolo, assim me sucederá a mim; por que então busquei eu mais a sabedoria? Então disse no meu coração que também isto era vaidade.
Porque nunca haverá mais lembrança do sábio do que do tolo; porquanto de tudo, nos dias futuros, total esquecimento haverá. E como morre o sábio, assim morre o tolo!
Por isso odiei esta vida, porque a obra que se faz debaixo do sol me era penosa; sim, tudo é vaidade e aflição de espírito.
Também eu odiei todo o meu trabalho, que realizei debaixo do sol, visto que eu havia de deixá-lo ao homem que viesse depois de mim.
E quem sabe se será sábio ou tolo? Todavia, se assenhoreará de todo o meu trabalho que realizei e em que me houve sabiamente debaixo do sol; também isto é vaidade.
Então eu me volvi e entreguei o meu coração ao desespero no tocante ao trabalho, o qual realizei debaixo do sol.
Porque há homem cujo trabalho é feito com sabedoria, conhecimento, e destreza; contudo deixará o seu trabalho como porção de quem nele não trabalhou; também isto é vaidade e grande mal.
Porque, que mais tem o homem de todo o seu trabalho, e da aflição do seu coração, em que ele anda trabalhando debaixo do sol?
Porque todos os seus dias são dores, e a sua ocupação é aflição; até de noite não descansa o seu coração; também isto é vaidade.
Não há nada melhor para o homem do que comer e beber, e fazer com que sua alma goze do bem do seu trabalho. Também vi que isto vem da mão de Deus.
Pois quem pode comer, ou quem pode gozar melhor do que eu?
Porque ao homem que é bom diante dele, dá Deus sabedoria e conhecimento e alegria; mas ao pecador dá trabalho, para que ele ajunte, e amontoe, para dá-lo ao que é bom perante Deus. Também isto é vaidade e aflição de espírito.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Tags and MySpaces, novidades do blog

Na faxina geral da vida, terminou sobrando também pro blog. A partir de hoje o Dr.E. disponibiliza os MySpaces que frequenta (e aconselha!) e coloca marcadores para os textos que foram postados ao longo de sua existência. Bom, quem quiser achar algo que andou poraqui, agora ficou mais fácil. Divirtam-se!

domingo, 20 de julho de 2008

Eclesiastes I - notas dominicais

PALAVRAS do pregador, filho de Davi, rei em Jerusalém.
Vaidade de vaidades, diz o pregador, vaidade de vaidades! Tudo é vaidade.
Que proveito tem o homem, de todo o seu trabalho, que faz debaixo do sol?
Uma geração vai, e outra geração vem; mas a terra para sempre permanece.
Nasce o sol, e o sol se põe, e apressa-se e volta ao seu lugar de onde nasceu.
O vento vai para o sul, e faz o seu giro para o norte; continuamente vai girando o vento, e volta fazendo os seus circuitos.
Todos os rios vão para o mar, e contudo o mar não se enche; ao lugar para onde os rios vão, para ali tornam eles a correr.
Todas as coisas são trabalhosas; o homem não o pode exprimir; os olhos não se fartam de ver, nem os ouvidos se enchem de ouvir.
O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol.
Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é novo? Já foi nos séculos passados, que foram antes de nós.
Já não há lembrança das coisas que precederam, e das coisas que hão de ser também delas não haverá lembrança, entre os que hão de vir depois.
Eu, o pregador, fui rei sobre Israel em Jerusalém.
E apliquei o meu coração a esquadrinhar, e a informar-me com sabedoria de tudo quanto sucede debaixo do céu; esta enfadonha ocupação deu Deus aos filhos dos homens, para nela os exercitar.
Atentei para todas as obras que se fazem debaixo do sol, e eis que tudo era vaidade e aflição de espírito.
Aquilo que é torto não se pode endireitar; aquilo que falta não se pode calcular.
Falei eu com o meu coração, dizendo: Eis que eu me engrandeci, e sobrepujei em sabedoria a todos os que houve antes de mim em Jerusalém; e o meu coração contemplou abundantemente a sabedoria e o conhecimento.
E apliquei o meu coração a conhecer a sabedoria e a conhecer os desvarios e as loucuras, e vim a saber que também isto era aflição de espírito.
Porque na muita sabedoria há muito enfado; e o que aumenta em conhecimento, aumenta em dor.

sábado, 19 de julho de 2008

Um Macunaíma freudiano na periferia da civilização pós-industrial (da série "Pensamentos Avulsos" 4)

Todo problema cultural, no fundo, se resume a velha questão psicanalítica:
Como achar lugar no mundo em meio as forças que nos cagam as regras do jogo?

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Munição ou a História Mais Curta do Mundo (sample do sample)







Em mim não havia pessoa alguma. Essa era minha riqueza e também minha loucura. E com elas fiz meu périplo nas profundezas da terra escura.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Utilidade pública V - Artigo p/ publicação

Ilustres amigos e visitantes, o serviço de utilidade pública do blog desta vez, ao invés de ofertar, demanda. Demanda, mas pra ofertar. "Endoidaste o cabeção?", seria o caso do leitor perguntar. Calma, explico-me. O negócio é o seguinte: escrevi um texto, meio artigo, meio matéria, para a revista literária de uma universidade do Rio de Janeiro. Como a publicação tem circulação restrita, gostaria de divulgá-lo em outros veículos (impressos ou mesmo virtuais). No danado, tomo como mote um trecho de uma entrevista realizada pela crítica Heloísa Buarque de Hollanda com o escritor Raimundo Carrero para discorrer sobre uma possível "literatura mangue". Penso que seria interessante fazê-lo circular sobretudo em Pernambuco (poderia ser em revistas culturais como a Continente, por exemplo). Portanto, quem tiver acesso a editores ou a possíveis interessados, entrem em contato através dos comentários deste post. Desde já, agradeço a atenção de vocês e aquelabraço.

domingo, 13 de julho de 2008

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Wilson Batista Sample*

O amor não tem razão como algoz.
Seu carrasco será sempre
O sorriso cansado da outra voz.



*para Ericson Pires

terça-feira, 8 de julho de 2008

Free web


Pela internet livre, clique aqui.

domingo, 6 de julho de 2008

O último poema - filme dominical

Um trailer do filme O Poeta do Castelo, dirigido por Joaquim Pedro de Andrade, sobre Manuel Bandeira - das poucas permissões líricas desse estranho dotô...

terça-feira, 1 de julho de 2008

Utilidade pública IV - O mais novo som do Recife

Desta vez o atravessador foi Fabinho Trummer (banda Eddie), ontem, via Skype. O menino das Olinda mandou o link pro Myspace do cara e, já na primeira audição, chapei geral. Trata-se de João do Morro, cria do bairro de Casa Amarela, coração da Mauristad. E... claro! já tem no Som Barato! Baixem e arreiem a lombra! Pagode, axé e diversão garantidíssima...

Utilidade pública III - Jingles anos 70/80

Este post é mais para os que viveram as décadas 70/80 em Pernambuco. A maravilha em forma de blog Som Barato* disponibilizou no último sábado o disco dos jingles publicitários que foram criados pela agência Itaity. São cançonetas inesquecíveis que faziam a trilha sonora de comerciais inspirados nas alegorias e signos das tradições e costumes populares e que revolucionaram a publicidade na época. Clique aqui, o botão da saudade...

*Só quem não gosta dele é aquela gravadora, a Biscoito Fino, que ameaçou judicialmente os responsáveis pela discoteca on-line caso não retirassem seus artistas dos arquivos do blog. Atenção, tabacudos de plantão! o mundo mundou, acordem pra Jesui! uma revolução anti-burguesa já toma de assalto o planeta, fazendo cair a máscara de muitos "bacanas" poraí... (ver o imbróglio aqui)